Foto: Print Screen dos participantes do evento Talks de Inovação – juiz federal Leonardo Resende, juíza federal Gisele Sampaio, oficiala de justiça da JFCE Flávia Teixeira, coordenadora-geral do íRIS Jessika Moreira, coordenadora do Programa Linguagem Simples Ceará Isabel Ferreira Lima e bolsista da área de inovação jurídica do íRIS Ana Luisa Schiavo.
O projeto Talks de Inovação da Justiça federal no Ceará (JFCE) realizou na manhã desta sexta-feira, 11/3, um webinar para debater a utilização das técnicas de Linguagem Simples e Direito Visual. O evento foi fruto de uma parceria com Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará (íRIS) e conduzido pelo juiz federal Leonardo Resende, curador do Laboratório de Inovação da JFCE e idealizador da ação.
Logo na abertura, a juíza federal e vice-diretora do foro, Gisele Sampaio, entusiasta do tema, pontuou que o encontro ajudaria a “desmistificar a ideia de que a linguagem simples abandonaria a técnica jurídica. é importante, portanto, colocarmos as questões em seus devidos termos”.
A conversa foi conduzida pela coordenadora do Programa Linguagem Simples Ceará, Isabel Ferreira Lima e por Ana Luisa Schiavo, da área de inovação jurídica do íRIS. Esteve presente também ao webinar, Jessika Moreira, coordenadora-geral do íRIS.
Em sua fala, Isabel Ferreira Lima ressaltou o olhar priorizado na linguagem que aproxima e que é inclusiva para o melhor funcionamento do processo democrático. O uso dessas técnicas é bom para o cidadão e também para as instituições que ganham em confiança, transparência e economicidade. Ao apresentar cases da América Latina e do Ceará, a profissional destacou que “a linguagem simples não é só trocar palavras, é reorganizar toda a informação”. Daí a importância de se trabalhar com uma equipe multidisplinar.
O juiz federal Leonardo Resende, curador do Laboratório de Inovação da JFCE, trouxe o contraponto da tradição clássica que trabalhava um paradigma de afastamento e de superioridade. Ele defendeu que “hoje precisamos reformular isso na origem. Precisamos adotar uma postura mais cidadã e democrática da arquitetura forense. Ao invés de uma justiça de afastamento, trazer uma justiça mais próxima e acessível que de nenhum algum atrapalha sua imparcialidade e competência”. O magistrado adiantou, ainda, que em breve haverá uma ação de capacitação em linguagem simples com as assessorias de comunicação da 5ª região: “uma primeira capacitação, que certamente evoluirá para todos os nossos serviços não apenas administrativos.
Ao final da exposição, a oficiala de justiça da JFCE, Flávia Teixeira, apresentou o projeto que vem sendo trabalhado no âmbito do InovaJus chamado de “Mandado Cidadão”. Em sua fala, ela testemunhou que “Sinto diariamente na pele a dificuldade das pessoas em entender os mandados. O mandado cidadão pretende ser um guia para que o cidadão consiga, quando receber o documento, entender o problema, qual o próximo passo a ser dado e quais consequências podem ser desencadeadas a partir de sua decisão. O documento deverá atender as necessidades do nosso público. As expectativas são muito positivas e acreditamos que ele representará uma grande diferença”.
TALKS DE INOVAçãO – O projeto é uma iniciativa do Núcleo Seccional da Escola de Magistratura Federal da 5ª Região no Ceará (Esmafe-Ce) e do Laboratório de Inovação da JFCE (InovaJus).
Se você não conseguiu assistir o evento ao vivo, ele está disponível no canal do YouTube da EsmafeTRF5. Acesse, clicando aqui.
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