Nos dias 26 e 27 de maio, a Justiça Federal no Ceará promoveu a apresentação do Fluxus para representantes de 20 órgãos convidados. O sistema, pioneiro e desenvolvido pelo Núcleo de Tecnologia da Informação (NTI) da Seção Judiciária, é uma ferramenta de controle de documentos e processos administrativos, físicos e virtuais. No “Fluxus Overview – Uma visão para o futuro”, estavam presentes instituições federais, como o Supremo Tribunal Federal (STF), o Conselho da Justiça Federal (CJF) e o Tribunal Regional Federal da 5ª Região, além dos estaduais, como o Governo do Estado.
Durante esses dois dias, os gestores da área de tecnologia da informação e administrativa das instituições conheceram de perto o funcionamento e a implantação do sistema entre os setores e usuários da Seção Judiciária do Ceará. “Deu pra gente ter uma boa idéia do sistema. Pela visita aos setores, verificamos que os usuários aderiram plenamente, estão usando realmente o sistema. Acho que isso é a maior prova que o sistema funciona bem”, enfatiza Eloiza Rocha, chefe da Seção de Arquivo do Conselho da Justiça Federal.
Além do aspecto tecnológico, o evento teve como foco a formação de parcerias com órgãos de diversas esferas governamentais, interessados na utilização e evolução do sistema, através de um consórcio colaborativo. “O Fluxus é uma ferramenta que veio contribuir com a missão da Justiça Federal, assim como pode contribuir em outros órgãos também”, reforçou Engelberg Belém, diretor do NTI da JFCE.
De acordo com Gervásio Kayser Pinheiro, gerente do projeto e supervisor do Setor de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, o resultado do encontro foi positivo. “Foi fechado um compromisso entre o STF, a Justiça Federal e o Governo de Estado para a formação de um comitê pró-consórcio”, afirma. Entre as ações diretas do comitê, estão a criação de uma proposta de colaboração com direitos e deveres e o estudo de como o sistema pode ser desenvolvido a partir dos recursos humanos e financeiros de cada órgão.
O chefe da Coordenadoria de Sistemas do STF, Gustavo Sanches, reconhece que o Fluxus é um caso de sucesso pela organização, disponibilidade e dedicação da equipe. Ela acrescenta que a idéia de um convênio com outros órgãos, inclusive estaduais, é de interesse da instituição. “O Fluxus atende a linha que o Supremo vem seguindo. Há algum tempo, vem se dedicando como um grande agregador de outros órgãos em termos de tecnologia e unidades padrões”, afirma.
Segundo Lícia Viana Bezerra, assessora de Estratégia de Tecnologia de Informação da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão, o Governo do Estado vem estudando soluções para substituir o Sistema de Protocolo Único (SPU) e um ponto a favor da implantação do Fluxus é o convênio de cooperação já firmado entre o órgão e a Justiça Federal.
O Fluxus já foi implantado com sucesso na Justiça Federal do Ceará e de Sergipe. O sistema, com oito meses de funcionamento, está na sua segunda fase na Seção Judiciária do Ceará. Gervásio Kayser esclarece que nessa fase, além do controle de requerimentos e processos administrativos do primeiro momento, é feita a troca de qualquer tipo de documento entre os usuários, como memorandos, ofícios e encaminhamentos de honorários. A terceira e última fase se iniciará após uma lei que regulamenta e autoriza a virtualização de processos de pagamentos pelo Tribunal de Contas da União.
Para conhecer mais sobre o Fluxus, visite o hotsite: www.fluxus.jfce.gov.br.
Depoimentos dos participantes do evento:
“Achei muito interessante, porque isso envolve qualquer organização, a questão de custos de projetos, de projetos básicos, a maneira de armazenar essa documentação. Como é um sistema que está se desenvolvendo agora tem a desejar na questão da segurança dessa informação. O Estado precisa de alguma coisa voltada desse nível, há a possibilidade de cooperação com certeza.”
Edelson Mendes – Gabinete do Governador do Estado do Ceará
“Tanto a parte de controle de processos administrativos, quanto à parte de gerência de documentos estão bem consolidadas. Eu achei bacana a questão da movimentação, do usuário poder dizer para onde o documento deve ir e o que ele vai fazer lá.”
Mauricélio Mariano – Gerente de Sistemas da Procuradoria Geral do Estado do Ceará
“O sistema tem muita funcionalidade, muitos itens em detalhes. Adorei o sistema. Eu acho que a Justiça Federal está de parabéns. Vai para o mundo!”
Helena Gurgel – TRE-CE
“A gente adquiriu muito conhecimento desse sistema. O Supremo está com um projeto de GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos), então foi a coisa certa na hora certa. É um sistema que atende perfeitamente à realidade do Supremo. O próximo passo é levar em frente o que foi definido de um acordo do consórcio colaborativo entre os órgãos.”
Kathya Scarlet O’Hara – Chefe da Coordenação de Guarda e Conservação de Documentos do STF