O Juiz Federal Marcos Mairton alcança o segundo lugar no Concurso de Contos da Associação de Juízes Federais do Brasil.
Escritor, compositor, músico, cordelista e “blogueiro”, Marcos Mairton da Silva concilia todas essas atividades com a “arte” de ser Juiz Federal. “Certa vez ouvi o professor Hugo de Brito Machado dizer que o profissional do Direito que só sabe Direito, nem Direito sabe. Antes de ouvi-lo eu já concordava plenamente com esse pensamento e por isso procuro aprender um pouco sobre tudo na vida”. Foi esse interesse múltiplo pela cultura e pela esfera jurídica que rendeu ao magistrado o segundo lugar no Concurso de Contos da AJUFE, concorrendo com grandes nomes como os Desembargadores Federais Edílson Nobre e Margarida Cantarelli. “Tenho certeza que meus colegas apresentaram ótimos trabalhos, mas, desta vez, acho que me aproximei mais do gosto da comissão julgadora”, explica Marcos Mairton, Juiz Federal Titular da 23ª Vara da Justiça Federal no Ceará.
O magistrado participou do certame com o conto “Dois torcedores”, que narra a história de dois homens que torcem pelo mesmo time e assistem justos a um jogo de futebol. Eles são surpreendidos por uma coincidência inusitada que coloca frente a frente julgador e réu. O segundo lugar foi premiado com hospedagem e inscrição XXVIII Encontro Nacional da AJUFE, que será realizado este ano em Fortaleza. O primeiro lugar no concurso ficou com o Juiz Federal Marcel Citro de Azevedo, da 2ª Vara de Execuções Fiscais de Porto Alegre.
“Não leio apenas livros jurídicos, mas também sobre história, geografia, música, literatura e tantas coisas, inclusive tecnologia. Acho que todo o conhecimento está interligado, então a interdisciplinaridade sempre ajuda. Depois de um dia cheio de audiências, é muito bom esquecer tudo e se concentrar em aprender uma música nova no violão. E quem não leva jeito para tocar violão? Ora, quem não sabe tocar pode cantar, ouvir, assistir a um filme. Para mim, o que importa é a sensação de descansar de uma atividade realizando outra, claro que sem deixar de dar atenção às pessoas a quem se ama”.
(Juiz Federal Marcos Mariton da Silva)