Como descartar o nosso lixo eletrônico? Aquele computador velho que não liga mais pode ser jogado no lixo comum? O que podemos fazer para deixar o nosso planeta limpo e saudável para as próximas gerações?
Pensando em responder algumas dessas perguntas pertencentes ao nosso cotidiano, o Núcleo de Tecnologia da Informação da JFCE decidiu realizar o descarte responsável de diversas caixas de material eletrônico – os E-lixo. Foram descartados, na tarde da última quinta-feira (27/11), teclados, mouses, HDs, cabos, placas e toners vazios e inutilizados. A entrega foi realizada pelos servidores Adriano Alves, supervisor da Seção de Suporte e Manutenção, e Marcos Cavalcante, supervisor do Setor de Laboratório do NTI.
A empresa responsável pela coleta – a Ecoletas Ambiental – trabalha com descarte responsável e destina de forma correta e economicamente sustentável os resíduos eletrônicos, beneficiando a sociedade e ajudando o meio ambiente. Os pontos de coleta da Ecoletas recebem aparelhos (computadores, celulares, HDs, placas eletrônicas, estabilizadores, impressoras, televisores, câmeras, entre outros) em qualquer estado de conservação, independentemente de modelo ou marca.
O que é considerado lixo eletrônico?
Os lixos eletrônicos, também conhecidos como pela sigla REEE (Resíduos de Equipamentos Eletro Eletrônicos), são todos os equipamentos eletrônicos, tais como monitores, TVs, notebooks, computadores, celulares, baterias, placas eletrônicas, estabilizadores, no-break, módulos, telefones, impressoras, televisores, aparelhos de som, DVD ou VHS, câmeras, vídeo games, entre outros.
Qual o impacto dos e-lixo?
Quando descartados de modo incorreto, os e-lixo podem gerar sérios riscos ao meio ambiente, devido ao uso de metais pesados, altamente tóxicos, na composição destes equipamentos, como o mercúrio, o berílio e o chumbo.
Somam-se a estes metais outros diversos componentes químicos. Quando o descarte incorreto ocorre, tais materiais são enterrados junto dos equipamentos, sendo absorvidos pela terra, contaminando, posteriormente, a água e o solo.
Outro método incorreto é o da queimada dos materiais, liberando toxinas extremamente perigosas no ar. Além destes fatores que afetam a população de forma direta, ainda encontra-se em risco o trabalhador responsável pelo descarte irregular que, em contato direto com tais fumaças tóxicas ou até mesmo pelo consumo de água próximo a regiões de descarte, pode gerar graves danos à saúde.
A recomendação da Organização das Nações Unidas é que se faça o reuso e a reciclagem adequada desses materiais que nunca devem ser destinados ao lixo comum ou à reciclagem artesanal. O destino correto no final de vida desses equipamentos é devolvê-los para a cadeia produtiva, para que sejam desmontados e suas partes sejam recicladas de acordo com o material. Esse processo de devolução chama-se logística reversa.
Qual o tamanho do problema?
Segundo a ONG E-lixo, os resíduos eletrônicos representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade – 50 milhões de toneladas de resíduos desta espécie são jogadas fora anualmente. O Brasil produz, aproximadamente, 1% deste total, sendo uma quantia aproximada de 2,5kg por habitante. Com a expansão da indústria de eletrônicos, a cada seis meses, no máximo, grandes novidades surgem, levando uma enorme parcela da população a trocar seus aparelhos. Estima-se que apenas 4% do total de lixo produzido serão devidamente descartados. Os demais serão guardados em casa ou descartados como lixo comum, agravando ainda mais o problema.
Serviço:
Ecoletas Ambiental: http://ecoletas.blogspot.com.br/
Para conhecer mais sobre e-lixo, acesse: www.elixo.org.br.