O juiz federal Francisco Roberto Machado (6ª Vara) foi convocado pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, neste mês de agosto de 2014. Em verdade, a convocação já é o anúncio do novo compromisso que será assumido em sua carreira na magistratura. Roberto Machado será nomeado, por antiguidade, desembargador federal daquela Egrégia Corte.
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Perfil sempre voltado para o Direito e a Justiça
Juiz federal desde fevereiro de 1988, quando assumiu os trabalhos da 4ª vara federal, em Recife (PE), o magistrado federal assumiu a titularidade da 6ª vara federal, no Ceará, em dezembro de 1989, permanecendo até a sua convocação, neste mês de agosto de 2014, período em que aguardará sua assunção no cargo de Desembargador Federal do TRF5ª Região.
Desde sua mocidade, o juiz federal Roberto Machado teve uma convivência bem prática com os caminhos do Direito. Em junho de 1971, assumiu como escrevente no 1º Cartório de Órfãos no “velho Fórum Clóvis Beviláqua”, ainda na Praça da Sé. Lembra o magistrado que o titular do cartório forense era seu tio Péricles Castelo Branco, pai de Ângela Maria Castelo Branco Machado, ex-servidora da Justiça Federal, sua prima, mulher do Dr. Agapito Machado, o Juiz Federal decano da 5ª Região.
O entusiasmo pelo Direito e pelos valores da Justiça conduziram o magistrado para o desempenho do cargo de Contador do Foro na Justiça Estadual, exercício da advocacia, professor de Direito de Família e Sucessões e de Direito Processual Civil, além do primeiro contato com a magistratura, quando assumiu o cargo de Juiz de Direito no Estado do Ceará, atuando nas Comarcas de Ipaumirim, Aurora e Aquiraz durante quatro anos, tendo sido, anteriormente, Promotor de Justiça na Comarca de Monsenhor Tabosa/CE. Em tom de reflexão, o juiz federal Roberto Machado enfatiza: “São 43 anos de Justiça!”
Experiência e tranquilidade
“Sempre fui muito tranqüilo no exercício da magistratura”. Assim definiu sua trajetória no judiciário o magistrado federal, que enfatizou: “Nunca senti o peso da magistratura. Nunca foi um fardo para mim. Sempre me senti muito feliz”. Ora, são 43 anos de justiça. “Algum revés encarei com muita tranqüilidade, sem rancores”, conlui.
Indagado sobre o novo desafio na magistratura, agora no cargo de desembargador federal, o juiz federal Roberto Machado afirmou: “O Tribunal é para mim uma contingência natural da carreira. Para mim não muda nada. A dedicação que tenho aqui será a mesma que terei no Tribunal”. “Poderia estar no Tribunal há 14 anos. Mas, não é nenhum demérito chegar no TRF por antiguidade”, ponderou.
Irrecorrível despedida
“Tentou-se um recurso,
Mas recurso não havia,
Nem agravo de instrumento
Ou mandado de segurança cabia.
Tentou-se apelação,
Que foi logo improvida,
Não havia remédio possível
Para a irrecorrível despedida”.
A estrofe é de uma poesia do escritor e servidor Joaquim Albuquerque, da 6ª vara federal. E saiu da homenagem prestada pelos servidores da vara federal, na despedida ao magistrado Roberto Machado. “Os servidores da 6ª vara se tornaram meus amigos sem nunca descurarem do profissionalismo, do comprometimento com seus afazeres na vara federal”, salientou o magistrado Roberto Machado.