Para a maioria das pessoas o carro tornou-se um “amigo” inseparável e imprescindível. Mas se pararmos por um instante a observar nossa cidade, veremos que ela está sobrecarregada com tantos veículos. Os engarrafamentos tomam nosso tempo, o ar está mais pesado e o caos no trânsito ameaça nossa segurança. Pois bem, nesta segunda-feira, dia 22 de setembro, comemora-se nos quatro cantos do planeta “O DIA MUNDIAL SEM CARRO”. O movimento surgiu na Europa e foi oficializado no ano de 2000.
A idéia, que em um primeiro momento nos parece radical, pode ser adotada em diferentes proporções e das maneiras mais criativas de acordo com os hábitos e possibilidades de cada um. Que tal ir de carona pelo menos uma vez por mês com um amigo? Ou quem sabe ir a pé à casa daquele amigo que mora perto de você? E será que não seria uma boa idéia ir pedalando para aquele passeio do final de semana?
Começando com pequenas contribuições podemos modificar aos poucos a realidade do tráfego nas cidades. A Justiça Federal no Ceará através da sua Comissão de Responsabilidade Sócio-Ambiental participa e apóia esta iniciativa. Veja o exemplo de alguns servidores que utilizam meios de transporte alternativos.
Pedalando pela cidade
Pedalar faz bem ao meio ambiente à saúde. O servidor Fábio Cartaxo, lotado na Central de Mandados, começou fazendo duas vezes por semana o percurso de casa para o trabalho em sua bicicleta. Hoje ele vem pedalando de segunda a sexta-feira e conta que nos finais de semana o corpo “pede” e ele sai pedalando por aí.
“Vindo de bicicleta eu não poluo e ainda faço exercícios. Pedalar é melhor para a saúde e para o meio ambiente!”, ressalta. Ele frisa que se inspirou no cardiologista e professor Paulo Saldiva, que há mais de vinte anos pedala pelas ruas de São Paulo.
Transporte público por opção
Mesmo com o carro na garagem, utilizar o transporte público pode ser uma atitude consciente de cooperação pela saúde da sua cidade.
“Venho de ônibus por escolha própria. É uma forma de cuidado para emitir menos gases poluentes e uma tentativa de fazer uma utilização saudável dos meios de transporte”, revela o servidor Francisco José Medeiros de Andrade. Ele diz que o ônibus passa perto de casa e que ele desce em um ponto bem próximo ao trabalho. “Vir de ônibus não é um incômodo. Acho menos estressante que dirigir, pois durante a viagem relaxo e não me preocupo com o transito”.
Dar carona é legal
Dar carona ou vir de carona diminui o número de veículos nas ruas e fortalece amizades.
“Dou carona com o maior prazer e faço isso sempre que posso. Durante muitos anos vim ao trabalho de carona com a amiga Idamila Carneiro da 6ª vara e desde que comprei um carro dou carona até como uma maneira de gratidão”, conta Teresa Cristina Freitas e Silva, servidora lotada na biblioteca. Ela conta que existem os amigos que são ‘caroneiros’ fixos e que se alguma outra pessoa pede ela dá carona com a maior boa vontade.
As terceirizadas Eliane Rodrigues e Camila Brasileira contam que a conversa e a descontração tomam conta dos trajetos. “Damos boas risadas juntas e andamos sempre em boa companhia”.
Caminhar e observar
“Para sair de casa, sou adepto da velha e boa caminhada. Não gosto de carros. Para falar a verdade: detesto! Nunca tive carro e não pretendo ter. Não tem nenhum motivo especial, nenhum trauma ou coisa do tipo. Simplesmente não gosto. Se tiver alguma urgência, pego um táxi, mas prefiro andar a pé olhando a cidade, observando as pessoas, ouvindo as conversas. Como se dizia antigamente gosto de flanar. Além do mais, caminhar para mim é uma questão de saúde. Tenho colesterol alto, é um mal de família, e meu médico recomenda pelo menos 4 Km de caminhada por dia. E eu faço!”