Nesta fase foram mapeadas as competências dos Técnicos Judiciários de Varas Cíveis da Justiça Federal/CE
O IAG – Instituto de Avaliação & Gestão fez a entrega do Relatório Técnico “Competências Organizacionais e Competências Profissionais” concluindo-se a segunda etapa do projeto. A primeira etapa foi o diagnóstico preliminar.
Para o desenvolvimento desta segunda etapa foram consultadas diversas informações e documentos da Justiça Federal tais como: Planejamento Estratégico, Dicionário de Competências Organizacionais, Edital de Concurso, Manual de Atribuições, Resolução nº 212, de 27 de setembro de 1999, e através de reuniões com o Comitê Técnico e Gestor do Programa de Gestão por Competências (PGPC) da Justiça Federal/CE, com os Diretores de Vara Cível.
As competências profissionais foram mapeadas levando em consideração as competências organizacionais e as seguintes dimensões da competência profissional:
CONHECIMENTO: Refere-se ao SABER, enquanto conjunto de informações acumuladas por uma pessoa, através da educação formal, de treinamentos ou mesmo da experiência prática. Ex.: Informática, Direito Administrativo, Direito Constitucional etc.
HABILIDADE: Refere-se ao SABER FAZER, ou seja, consiste na capacidade de realização das atividades e alcance de padrões eficazes de comportamento. Ex.: Liderança, Criatividade, Equilíbrio Emocional etc.
ATITUDE: Refere-se ao QUERER/FAZER, enquanto postura adquirida na ação e orientada por valores para responder de forma positiva a estímulos, situações pessoais e conceitos demandados no exercício do trabalho. Ex.: estar aberto para mudanças, adotar postura ética, ter iniciativa para superar desafios, compromisso com resultados etc.
RESULTADO: Refere-se aos resultados efetivamente alcançados, agregação e valor aos produtos e serviços da organização, medidos por indicadores. Ex.: Satisfação do cliente, quantidade de reclamações, qualidade do serviço, etc.
A partir do mapeamento das 117 competências profissionais (sendo 48 conhecimentos; 20 habilidades; 12 atitudes e 37 resultados, realizou-se uma pesquisa com 36 técnicos judiciários que correspondem a 30% (n = 36) do universo de 119 técnicos judiciários da capital (77) e do interior do estado do Ceará (42), para avaliar o impacto das competências profissionais em cada etapa do procedimento comum ordinário de uma Vara Cível.
Para uma melhor análise dos resultados, foi utilizado um formulário com uma abordagem quantitativa utilizando a escala tipo Likert de 4 pontos para mensurar o impacto das competências profissionais para a realização de cada etapa do procedimento comum ordinário de uma Vara Cível. A pontuação foi constituída de 4 pontos, estabelecendo escore de 0 a 4 para cada competência. O valor recebido pelo escore de 0 a 4 ficou assim definido: 0 – Não se aplica; 1 – Baixo impacto; 2 – Médio impacto; 3 – Alto impacto.
O resultado final indicou que das 4 fases de uma Vara Cível, a fase de execução foi a que obteve maior média de impacto de competências (2,51) e as atitudes o maior impacto dentre as dimensões de competência (conhecimentos, habilidades, atitudes e resultados), com média 2,81.Sinalizando que os programas educacionais para os técnicos judiciários de Vara Cíveis devem focar mais em atitudes e na fase de execução, promovendo maior eficiência, eficácia e efetividade na gestão do processo judicial (competência essencial das Varas Cíveis da Justiça Federal/CE).
A próxima etapa do projeto é desenhar programas educacionais para as ofertas de capacitação de técnicos judiciários de Varas Cíveis.