Na última sexta-feira, dia 22, a palestra com o advogado paulista Marcelo Turra retomou o Projeto Sextas Culturais. Com o tema “Saúde e Responsabilidade Civil – Aspectos Jurídicos da AIDS”, o advogado defendeu a importância de se discutir os direitos civis, além do acesso aos medicamentos, dos portadores de HIV/Aids, e de minorias. Atuante na área dos Direitos Humanos, o consultor das ONG’s DaVida (Prostituição, Direitos Civis e Saúde) e do CORES (Centro de Orientação e Educação Sexual) trouxe como grande questão o acesso à saúde, direito fundamental e assegurado pelo Constituição Federal.
Com mais de duas mil ações em favor dos portadores de HIV/Aids do Rio de Janeiro e mais de 90% ganhas, Marcelo Turra afirmou que hoje no Brasil a Aids assume predominantemente as características da pauperização e feminilização. Durante a palestra, o advogado expôs as experiências e dificuldades à frente do Escritório Modelo de Advocacia Gratuita da Universidade Cândido Mendes no Rio de Janeiro. Como orientador do escritório modelo, ele presenciou cerca de 500 causas tramitando, ao mesmo tempo, sobre o tema. Marcelo Turra implementou e lecionou por sete anos na mesma universidade a disciplina “Aspectos Jurídicos da Aids”, única no país até hoje.
“A Universidade junto com o Judiciário têm um papel muito importante na luta pelos Direitos Humanos”, destacou o palestrante para um público formado por magistrados, servidores da Justiça Federal no Ceará, alunos do Curso de Especialização em Direito do Estado e Processo e representantes de entidades ligadas à causa HIV/Aids. “O respeito é a base de toda a democracia”, concluiu o advogado.
“Nesse mundo difícil de conquistar a subsistência, me alegro muito quando me deparo com advogados como o Marcelo Turra que luta pelos direitos humanos que, na verdade, é uma luta pela vida plena”, ressaltou o diretor do foro da Seção Judiciária do Ceará, juiz federal Augustino Lima Chaves.